Como especializado no tema acidentes por águas-vivas e caravelas, Vidal Haddad Jr., da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, afirma que vê com espanto a maneira como vem sendo abordado o surto de envenenamentos no litoral da região Sul, que apresenta atualmente mais de 18 mil casos nos estados do Paraná e Santa Catarina.
“Embora a maioria absoluta dos acidentes seja constituída de envenenamentos leves, o desencontro de informações em relação à gravidade e medidas de primeiros socorros traz imensos problemas para as equipes de saúde e para os pacientes”, diz.
“Em função disso, reunimos as informações obtidas nos anos anteriores que são fundamentais e pedimos que os colegas as avaliem e divulguem. Isto será um fator de colaboração com os profissionais envolvidos com a Dermatologia, com a Toxinologia, com a Medicina Tropical e ainda com os promotores de medidas preventivas e estudiosos dos organismos. Agradeço a consideração com meu pedido e creio que isto pode ser considerado uma iniciativa de prestação de serviços para nossa população. Estes acidentes são hoje os envenenamentos mais comuns observados no Brasil, devendo chegar a números espantosos até março, com estimativas de mais de 100 mil casos só naquela região”, comenta.